segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SER CIDADÃO, SER CIDADÃ... O QUE ISSO SIGNIFICA?

Segundo o dicionário Aurélio, CIDADÃO significa: indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este. Na Constituição Federal Brasileira, em seu Título II, Capítulo I, afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...
Analisando estas afirmações que contêm tão fortes significados, ficamos a nos questionar: por que não percebemos isso na realidade? Por que uns (pouquíssimos) têm só direitos e não cumprem os deveres, e outros tantos (a grandessíssima maioria) arcam com todos os deveres e recebem tão pouco os direitos? (São direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados – Título II, Capítulo II, CF). Por que, ao analisar o contexto político–social em que estamos inseridos, temos a sensação de engodo, enganação... sentimento de desamparo, medo, angústia...? Nos sentimos órfãos. Abandonados por aqueles que deveriam atender e/ou zelar pelo atendimento aos direitos fundamentais de todos brasileiros, brasileiras.
Ser cidadão, cidadã, em nosso País, é mais um chavão satírico que uma realidade cívico-político-social. Basta assistir um telejornal diário que temos essa realidade estampada. É tanta falcatrua, tanto desrespeito! (violência, de todos os lados, até de policiais; péssimo atendimento na saúde, pessoas morrendo sem atendimento dentro dos hospitais...). E é tão real, tão cruel, que nos embotamos. Construímos um sentimento de “deixa pra lá, não é da minha conta, não posso fazer nada...”.
E então, questionamos algo fundamental: onde estão nossos representantes eleitos com nosso tão estimado 'dever' de votar? Eles, que em período de campanhas eleitorais nos visitam, nos abraçam, sabem nossos nomes, lembram de cada bairro, sabem as soluções e as aclamam “aos quatro ventos” para todos os problemas!?!
Bom, cidadão e cidadã imperatrizense! Estamos vivendo esse período. Estamos com os candidatos a prefeito e a vereadores bem pertinho de nós. E segundo a Justiça Eleitoral, estes são hoje os cargos mais importantes no cenário político brasileiro. Pois é aqui, no município que são tomadas as decisões fundamentais quanto à aplicabilidade dos recursos públicos – Lei da Municipalização. É para cada município que vêm os recursos para serem usados na educação, na saúde, na segurança... .
Então, está na hora de agirmos! Vamos vencer a apatia, e buscar o real conhecimento de cada candidato que aí está se colocando à disposição de cada um(a) de nós! Não é possível conhecer todos? Concentremos forças nos candidatos a prefeito e procuremos acompanhar os candidatos(as) a vereador(a) de nossa regional (bairro e proximidades). Conheçamos a Lei 9840 (Lei Contra a Corrupção Eleitoral) e combatamos os atos de corrupção que, por ventura, viermos a presenciar ou saber, mesmo que por terceiros! DENUNCIEMOS! Precisamos urgentemente modificar nosso cenário político–social. E nós podemos.
LEMBRE! O mundo, nosso País, Estado, Imperatriz... não são assim (mergulhados nesse estado calamitoso). Estão assim. Como nos diz o educador Paulo Freire. “O cenário social, seja ele qual for, é obra da ação humana.” Então... VAMOS dar um BASTA! Junte-se a outras pessoas que, como você, já não agüentam ficar caladas! O COMITÊ DA CIDADANIA DE IMPERATRIZ lhe convida para agir! Faça parte de um núcleo 9840 em sua igreja, sua comunidade, e acompanhe o processo eleitoral com um conhecimento dos bastidores da justiça eleitoral. Assim poderemos escolher nossos candidatos com maior segurança e permitir que sejam eleitos aqueles que sejam GENTE como a gente. Sim, ELES existem, e como pérolas estão mergulhados nesse “mar” político-partidário feioso que aí está. É nossa função de ELEITOR, ELEITORA consciente, verdadeiro(a) cidadão(ã) encontrar essas jóias. VAMOS LÁ!!! “O CAMINHO É PEDREGOSO...MAS NÓS PODEMOS ENCONTRAR UM JEITO NOVO DE CAMINHAR”.

Ivetilde N. Delgado Mota

Um comentário:

widevandes disse...

Olá, sou Widevandes, Policial Militar e estudante - História, UEMA/CESI - e, é com muito prazer que ora faço este comentário.
Infelizmente, enquanto não houver o equilibrio entre direitos e deveres, não teremos uma cidade. Pois, se não há cidadão, não há cidade.
É nestes termos que dizemos que ser cidadão significa ser participante, transformador até o ponto em que as mudanças atinjam o alcancem da capacidade de realizar todos os direitos pra que tenhamos a possibilidade de praticar todos os deveres.
Ainda dizemos que a cidadania não é representada apenas pelo ato de votar, que a princípio não é um direito e sim um dever.
Então, enquanto continuarmos acreditando que levantar bem cedo e enfrentar uma fila para escolhermos uma pessoa, que muitas das vezes nem as conhecemos, que irá desfrutar das delícias que é admisnitrar os bens públicos neste país,é ser cidadão, nunca teremos cidadania e continuaremos - como o texto da materia diz - sendo chavão satírico.